"A Corte Internacional de Justiça tem tomado esta posição e não apoiou as muitas declarações do lado ucraniano sobre uma suposta 'agressão' e 'ocupação da Crimea', que não tinham nada a ver com a causa judicial", afirmou Zakharova durante uma coletiva de imprensa na Crimeia nesta sexta-feira (5).
Recentemente, o Tribunal Internacional de Justiça reconheceu que as alegações feitas pela Ucrânia ao órgão eram infundadas. Em particular, Kiev queixou-se de que a Rússia "não cumpriu os seus compromissos no âmbito da Convenção Internacional sobre Combate ao Financiamento do Terrorismo e da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial".
"Apesar da longa preparação, a parte ucraniana não foi capaz de apresentar provas convincentes de qualquer crime cometido pela Rússia", diz o comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores russo.
De acordo com Zakharova, a organização internacional ainda não apoiou uma das medidas provisórias solicitadas por Kiev e, apesar de todos os argumentos do lado ucraniano, na sua opinião, não havia uma única palavra sobre a alegado 'retaliação' e 'perseguições de tártaros da Crimeia' pela Rússia.
A península da Crimeia se separou da Ucrânia e se reintegrou à Rússia após o referendo, realizado em março de 2014, com 96,77% dos eleitores da Crimeia e 95,6% dos cidadãos de Sevastopol votando a favor da adesão à Rússia. A Ucrânia considera a Crimeia como um território ocupado.