Novo míssil balístico russo é impossível de interceptar devido a velocidade hipersônica

© Sputnik / Sergei Kazak / Acessar o banco de imagensSistema de míssil balístico intercontinental Sarmat
Sistema de míssil balístico intercontinental Sarmat - Sputnik Brasil
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A fábrica de maquinaria de Krasnoyarsk, na região russa da Sibéria, está preparada para a produção em série do míssil balístico intercontinental russo Sarmat, apelidado como "Deus da Guerra", segundo relatam diversas mídias.

Prevê-se que os primeiros mísseis deste tipo sejam incorporados nas Forças de Designação Estratégica russas entre os anos 2018 e 2020.

O Sarmat visa garantir a liderança da Rússia neste tipo de tecnologias, considerou o perito militar e diretor comercial da revista russa Arsenal Otechestva (Arsenal da Pátria, em russo), Aleksei Leonkov, em uma conversa com a Sputnik.

"Sim, os EUA investem em seus armamentos bastantes meios financeiros, mas não conseguiram dominar no campo hipersônico. Por isso, pelo menos para os próximos 10-15 anos, nós os ultrapassamos", apontou.

O especialista mencionou o interesse especial em relação ao novo míssil russo que algumas mídias ocidentais estão mostrando. O Sarmat já foi batizado por várias como Satã-2, o Diabo Mascarado ou a Arma do Inferno Nuclear.

"Que lhe chamem o que quiserem, se trata de uma arma de nova geração e suas caraterísticas são tão espantosas que nossos oponentes têm toda a razão para terem medo dela", sublinhou Leonkov.

Segundo os dados disponíveis, o míssil tem um alcance de até 18 mil quilômetros e conta com entre 10 e 15 ogivas divisíveis com uma capacidade de até 750 quilotons cada uma. Estas ogivas voam até seu alvo a velocidade hipersônica e podem mudar de rumo, por isso o atual escudo antimíssil dos EUA e aquele que vier não serão capazes de interceptá-las.

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Além das ogivas nucleares, a velocidade hipersônica dos projéteis permite usá-los sem carga nuclear. Deste modo, os mísseis podem ser utilizados como armamento tático, destinado a atingir os alvos com a força cinética das suas ogivas hipersônicas.

Na opinião de Leonkov, o Sarmat se converterá em uma ferramenta de contenção estratégica impecável.

O novo míssil russo irá substituir o RS-36 Voevoda, que no código da OTAN é denominado Satã e tem sido um dos pilares principais das forças nucleares estratégicas da Rússia durante mais de 25 anos. Estes mísseis já cumpriram sua missão e se aproximam do final de sua vida útil e assim cederão o serviço aos Sarmat para as próximas décadas.

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O novo míssil pesará duas vezes menos que seu antecessor e será mais eficiente do ponto de vista energético. Isto permitiu que o Sarmat fosse dotado com mais recursos para superar qualquer defesa antiaérea.

O especialista recordou também que a Rússia está trabalhando em uma versão ferroviária do míssil balístico para que, caso haja uma agressão contra o país, a resposta possa vir do qualquer ponto do país, algo que para o escudo antimíssil americano seria totalmente imprevisível.

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