O ministro, que há duas semanas esteve em viagem na Europa e visitou os locais na Itália onde o Brasil posicionou sua tropa, agradeceu o esforço e o heroísmo dos veteranos brasileiros durante a campanha militar. Jungmann prestou homenagem em reconhecimento "a todos que enfrentaram o rigor do combate" às tropas alemãs. "A resistência ao nazifascismo foi uma luta global, da qual o Brasil se orgulha de ter contribuído", disse o ministro lembrando que o país foi o único na América Latina a se envolver ativamente no conflito.
"Estive na Praça Vermelha, visitei o Kremlin e fui a locais históricos, onde são reverenciados os heróis russos. O mundo todo conhece bem o papel da Rússia [na Segunda Guerra] e nós sabemos que, de todos os países, foi aquele que teve o maior número de perdas humanas. Foi quem pagou o mais alto preço em termos de vidas e de sofrimento, foi indiscutivelmente, a Rússia que teve um papel fundamental na derrota do Eixo", disse o ministro.
Esforço diplomático
Até o ano passado, a bandeira russa não figurava entre as homenageadas presentes no desfile. O esforço diplomático e dos cidadãos russos que vivem no Brasil concretizou a representação, algo que o cônsul geral da Rússia no Rio de Janeiro chamou de "uma questão de princípios".
"A União Soviética era um país que contribuiu para a vitória do nazifascismo e nós sentimos as perdas humanas, no desrespeito ao hasteamento da nossa bandeira era uma questão de princípio. Hoje aqui fazemos parte das 43 bandeiras representando as nações que lutaram contra o nazifascismo, é um reconhecimento que precisamos estar juntos para combater esse mal", afirmou Vladimir Tokmakov.
Cidadãos russos compareceram à cerimônia usando a fita de São Jorge, um símbolo em homenagem aos heróis da guerra.