Em um congresso em Curitiba, Moro disse que prefere torcida única durante o encontro com Lula.
“Utilizando aquelas metáforas futebolísticas, é melhor que seja um jogo de uma torcida única se pessoas querem sair a rua e manifestar apoio ao investigado naquela data e tem que se evitar qualquer espécie de confronto. Eu digo isso com tranquilidade porque eu não sou algum dos times em campo, eu sou o juiz. Não torço para nenhum dos times ali que está sendo jogado. A minha preocupação principal em transmitir esse recado é que nessa data não é necessário, é preferível que as pessoas fiquem em casa. Isso é válido também para qualquer pessoa que queira manifestar nessa data independentemente das suas preferências, mas evidentemente, eu fiz o recado as pessoas que tem nos últimos tempos manifestado apoio a esses trabalhadores da Lava Jato.”
Moro voltou a dizer que ouvir o depoimento do ex-presidente Lula será um procedimento normal do processo, portanto, não há motivos para tanto alarde para algo que poderá ser banal, pois não haverá procedimentos conclusivos durante o depoimento de Lula.
“Não é um confronto. O processo não é uma guerra, uma batalha ou uma arena. Em realidade as partes do processo ali são acusação e a defesa e não o juiz. O juiz não é parte nenhuma nesse processo. Me preocupa um pouco esse clima de confronto, essa elevada expectativa em relação a algo que pode ser extremamente banal, e diga-se nada de conclusivo vai sair nessa data. O juiz profere o julgamento depois. Ainda é uma fase de instrução complementar e alegações finais. Nada é resolvido na audiência de interrogatório do acusado.”
O esquema de segurança para o depoimento amanhã (10) do ex-presidente Lula em Curitiba já teve início nesta terça-feira. O entorno do prédio da Justiça Federal onde vai acontecer a audiência já está com o acesso de pessoas limitado.
A íntegra da decisão pode ser conferida neste link.
Na decisão, Brunonni alegou que a documentação foi requerida pela própria defesa de Lula e não teria relação com os contratos indicados na denúncia. “Veja-se que a juntada de documentação pela Petrobras foi requerida pela própria defesa. Ainda que em certa medida impertinente ao processo porquanto não relacionada aos contratos indicados na denúncia, foi facultada pelo juízo de primeiro grau a sua obtenção para posterior juntada ao processo, inclusive com o comparecimento pessoal na sede da empresa”, afirmou o juiz.
O juiz Sérgio Moro ouviu nesta terça-feira (9) mais testemunhas de acusação no processo sobre o tríplex no Guarujá e no processo que investiga se o ex-presidente recebeu um terreno como propina para construção da nova sede do Instituto Lula.
Foram ouvidos o pecuarista José Carlos Bumlai e outras três pessoas. Os depoimentos foram realizados por videoconferência.
Ontem (8), Sérgio Mouro ouviu o dono da empreiteira UTC e um dos delatores da Operação Lava Jato, Ricardo Pessoa.