O juiz federal Ricardo Leite, da 10.ª Vara Federal em Brasília, decidiu suspender as atividades da instituição nos autos da investigação sobre obstrução de Justiça envolvendo Lula na Operação Lava Jato. Segundo o juiz, a decisão foi baseada em "indícios veementes" de que crimes podem ter sido "iniciados ou instigados" na instituição.
“Como o próprio acusado [Lula] mencionou que no local se discutia vários assuntos, e há vários depoimentos que imputam pelo menos a instigação de desvios de comportamentos que violam a lei penal, a prudência e a cautela recomendam a paralisação de suas atividades", escreveu o juiz em despacho publicado nesta terça-feira (9).
Em nota enviada à Sputnik Brasil, o Instituto Lula negou que a organização tenha sido local de atividades ilícitas e informou que a entidade ainda não foi notificada oficialmente da decisão do juiz.
"O Instituto Lula não foi local de nenhum ilícito e o ex-presidente sempre agiu dentro da lei, não tendo nenhuma condenação criminal. O Instituto não foi notificado oficialmente da decisão do juiz e seus advogados averiguarão as medidas cabíveis assim que tiverem o teor da decisão", diz a nota enviada pelo Instituto Lula.
A suspensão das atividades do Instituto Lula acontece na véspera do depoimento do ex-presidente ao juiz Sérgio Moro no âmbito da Operação Lava Jato.