De acordo com a porta-voz do Tribunal de São Petersburgo, Daria Lebedeva, a Justiça decidiu mantê-lo detido após ele declarar-se culpado das acusações que envolvem o jogo mortal, criado e compartilhado na rede social russa VKontakte. De lá, o desafio se espalhou pelo mundo, com casos de automutilação e suicídio sendo investigados até mesmo no Brasil.
Budeykin foi preso no dia 15 de novembro do ano passado, em Solnechnogorsk, sendo depois transferido para São Petersburgo. De acordo com o tribunal, além de confessar o acusado não se opôs em seguir preso até agosto próximo. Ele também passou por exames psicológicos e nada de anormal foi revelado.
Em entrevista ao site russo Saint-Petersburg.ru, Budeykin ironizou as vítimas, chamando-as de “lixo biológico”, que elas estavam “felizes em morrer” e que o seu objetivo seria “limpar a sociedade”.
Os investigadores russos apuraram que, entre dezembro de 2013 e maio de 2016, Budeykin e outros curadores (nome dado aos que controlam o desafio e manipulam as vítimas) criaram oito comunidades na rede social russa VKontakte, nas quais apoiavam o jogo e a tarefa final: o suicídio do participante.
Embora Budeykin esteja implicado em 15 casos de incitação ao suicídio, a imprensa russa já reportou anteriormente que mais de 100 mortes de jovens no país podem ter relação com o desafio.
No Brasil, a polícia de ao menos oito estados realiza investigações de casos de automutilação que teriam vínculo com o Baleia Azul. A Polícia Federal também abriu inquérito para apurar os crimes e iniciativas contra o jogo estão em andamento tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, em Brasília.