Opinião: Pressão de Trump sobre Coreia do Norte vai ajudar Moon Jae-in

© AP Photo / Ahn Young-joonProtestos contra implementação do THAAD americano na Coreia do Sul, Seul, 13 de abril de 2017
Protestos contra implementação do THAAD americano na Coreia do Sul, Seul, 13 de abril de 2017 - Sputnik Brasil
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A intenção de Trump de intensificar a pressão sobre a Coreia do Norte e paralelamente estimular o diálogo pode favorecer os planos do novo presidente da Coreia do Sul.

Nas vésperas do 10º aniversário da Declaração Conjunta das Coreias em 4 de outubro, os líderes do Norte e do Sul devem se encontrar para acordar questões relativamente simples, como a suspensão dos testes nucleares e de mísseis e a abertura do complexo industrial de Kaesong e só depois discutir a questão do fim do programa nuclear e dos exercícios militares da Coreia do Sul e dos EUA, comunicou o analista sul-coreano Cheong Seong-chang à Sputnik Coreia.

"Graças à pressão por parte dos EUA e da China, Pyongyang não realizou o seu sexto ensaio nuclear e suspendeu os testes de mísseis balísticos, o que criou condições favoráveis para o início do diálogo do novo governo da Coreia do Sul com o Norte", acrescentou Cheong Seong-chang à Sputnik Coreia.

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Segundo ele, o discurso político norte-americano, que prevê o reforço da pressão sobre a Coreia do Norte e paralelamente a intensificação do diálogo, coincide com os planos do novo presidente da Coreia do Sul.

"O objetivo do governo de Moon Jae-in consiste em formar a base para o congelamento do programa nuclear através da declaração de uma moratória aos ensaios de armas nucleares e lançamentos de mísseis", indicou o analista sul-coreano.

Após isso, segundo ele, é preciso negociar o congelamento completo do programa nuclear da Coreia do Norte.

"Se a Coreia do Norte aceitar o congelamento do programa nuclear, a seguir deverá haver um abrandamento das sanções por parte da comunidade internacional e a redução dos exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul", disse ele.

​Cheong Seong-chang acrescentou que é preciso se abster da ideia de "destruir a Coreia do Sul" e agir nos interesses do estabelecimento da paz na região.

Além disso, segundo ele, é preciso manter o diálogo com os EUA para negociar com Pyongyang.

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