Ao menos 1 milhão de mortos: Como seria uma nova Guerra da Coreia?

© Sputnik / Ilia Pitalev / Acessar o banco de imagensAs solenidades dedicadas ao aniversário 105-o do dia de nascimento de Kim Il-sung, Pyongyang, Coreia do Norte
As solenidades dedicadas ao aniversário 105-o do dia de nascimento de Kim Il-sung, Pyongyang, Coreia do Norte - Sputnik Brasil
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As fortes tensões na Península Coreana não permitem dizer ainda qual será o desfecho para a crise entre o regime de Kim Jong-un e os Estados Unidos e seus aliados. A real possibilidade de uma guerra na região fomenta conjecturas, e uma delas aponta para a possibilidade de ao menos 1 milhão de mortos em caso de um conflito militar.

Um recente artigo da revista norte-americana Newsweek procurou simular em quais cenários poderia se dar uma nova Guerra da Coreia, a segunda após o armistício de 1953. Após três anos de guerra na península, morreram 2,7 milhões de coreanos, 800 mil chineses e outros 33 mil norte-americanos. O eventual saldo em 2017 possui potencial para ser muito pior.

O artigo assinado por Bill Powell relembra que o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, considerou o uso da força contra a Coreia do Norte em 1994. Na época, o comandante Gary Luck declarou que uma guerra na península custaria a vida de pelo menos 1 milhão de pessoas e um prejuízo de US$ 1 trilhão em perdas.

De lá para cá o programa nuclear norte-coreano evoluiu consideravelmente e é difícil estimar o tamanho dos prejuízos em termos de vidas e finanças que o uso de armas nucleares e químicas poderia trazer não só para a península, mas também para países da região como a Coreia do Sul, a China e o Japão.

O principal temor ainda repousa na possibilidade de um ataque preventivo do presidente dos EUA, Donald Trump, contra Pyongyang. Kim Jong-un não precisaria deslocar nenhum soldado do seu grande Exército para aplicar um ataque devastador de mísseis contra Seul, conforme explicou ao jornalista o ex-analista da CIA Bruce Klingner.

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É verdade que norte-americanos e sul-coreanos adotaram há dois anos um novo plano de guerra, o OPLAN 5015, que contempla ataques contra instalações nucleares norte-coreanas e pontos de lançamento de mísseis daquele país. Além disso, recentemente foi instalado na Coreia do Sul o sistema norte-americano THAAD, que tem a capacidade de interceptar mísseis vindos do norte da península.

Contudo, segundo analistas ouvidos pela Newsweek, é muito possível que Pyongyang conseguisse invadir e tomar a Coreia do Sul completamente antes da chegada de reforços dos EUA.

“Um arsenal de 600 mísseis Scud, armados quimicamente, atacaria aeroportos, estações de trens e portos sul-coreanos, o que impediria a fuga de civis”, disse Victor Cha, ex-funcionário do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

O Japão seria um segundo alvo preferencial dos norte-coreanos, além das bases que os norte-americanos possuem no Pacífico.

De acordo com o artigo, uma segunda Guerra da Coreia tenderia a uma vitória certa dos EUA e da Coreia do Sul, mas levaria entre quatro a seis meses para ser vencida e teria um grande saldo de mortos e feridos. Todos os levantamentos, porém, não consideram o real impacto do uso de armas nucleares pelos dois lados, situação essa de difícil estimativa.

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