"Desde que decidimos cobrir a questão do tráfico de drogas, sabíamos que isso poderia acontecer; Javier sabia, todos nós no Ríodoce sabíamos. E fizemos reportagens com medo todos estes anos, certos de que, como ele disse uma vez, quando alguém toma a decisão de matar alguém, mata", afirma o jornal de Cárdena em texto publicado em seu site.
Já são 5 jornalistas assassinados no México em 2017, de com acordo com um levantamento da ONG Artigo 19. Desde 2000, são 105 comunicadores que foram mortos possivelmente devido ao seu trabalho de jornalista, ainda de acordo com a ONG.
México es uno de los países más peligrosos para la prensa. En lo que va del año, 5 periodistas han sido asesinados. https://t.co/bNc5ccUKw2 pic.twitter.com/PYYNvmpQEQ
— ARTICLE 19 MX-CA (@article19mex) 15 de maio de 2017
Cárdenas já havia publicado livros sobre o narcotráfico e colaborava com outros meios de comunicação. Atualmente, estava investigando o Cartel de Sinaloa, antigo grupo criminoso do narcotraficante El Chapo Guzmán, e também o Cartel da Nova Geração de Jalisco, considerado pelo jornalista como a principal organização criminosa do México no momento. Ele recebeu o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa do Comitê para a Proteção a Jornalistas (CPJ), em 2011.