"Para se ter ideia do poder, da força e da magnitude desta vigésima marcha a Brasília, que bateu todos os recordes, nós conseguimos mais de seis mil inscrições, e a presença de quase três mil prefeitos de todo país. Com muita responsabilidade, determinação e organização, nós convidamos os principais parceiros e atores da política brasileira como representantes das duas casas legislativas, Câmara dos Deputados e Senado, e a presença do presidente da República, Michel Temer, acompanhado de vários ministros. Discutimos de maneira franca, clara, direta e objetiva a problemática municipalista atual, como, por exemplo, o financiamento dos vários programas, a perda de recursos, e várias outras questões. Foi, de todas, a mais proveitosa marcha de todo municipalismo recente."
A XX Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios teve neste ano o apoio direto da União Europeia. De acordo com Lira, a UE marcou presença com o diplomata João Gomes Cravinho, embaixador em Brasília. Também esteve presente à abertura da marcha um representante da Organização das Nações Unidas (ONU).
"A palavra de ordem é estudar e estimular a descentralização com responsabilidade e respeito ao Meio Ambiente, com vistas às gerações futuras. Então, o embaixador Cravinhos é um entusiasta deste movimento municipalista brasileiro, que visa, acima de tudo, ao cumprimento do compromisso que assumimos por um pacto pela vida, com muito respeito também pelo meio ambiente, baseados nos muitos estudos que fizemos com o apoio do Dr. Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios, inclusive em países europeus, como Alemanha, Polônia, Espanha e Itália, e países latino-americanos, como Brasil, México, Argentina e Uruguai", destacou o vice-presidente da CNM.
Lira também falou sobre o relacionamento dos prefeitos com o atual governo federal, sublinhando o atendimento, pelo Presidente Michel Temer, de uma antiga reivindicação dos administradores municipais, uma medida provisória que dará aos municípios a possibilidade de liquidar em até duzentas parcelas suas dívidas para com a Previdência Social.
"Temos mais de cinco mil e setecentos municípios em todo Brasil, quase todos devedores da Previdência Social, e também cuidando, alguns deles, dos seus próprios regimes previdenciários. Isso vai nos possibilitar que, em elastecendo este prazo de pagamento — com juros baixos, reduzidos em 80% e com redução de 50% nos valores das multas e nos encargos da dívida – nós possamos honrar os pagamentos dos nossos munícipes beneficiários dos nossos regimes previdenciários próprios", finalizou.