Eliot Lauer, advogado do espião Jonathan Pollard, apelou para que o juiz altere as condições que preveem o recolher obrigatório e controlo regular do computador usado por Pollard no trabalho. Ele também é proibido de sair de casa no período entre 7 da noite e 7 da manhã. Além disso, o ex-agente não pode sair dos EUA durante cinco anos sem permissão.
Pollard obteve a cidadania de Israel em 1995 mas a Administração de Obama confirmou que não permitiria que ele se mudasse para este país através de intervenção no processo judicial. A nova administração dos EUA ainda não expressou sua posição em relação ao assunto.
Pollard pode ser descrito como um dos espiões mais eminentes da política americana da época da Guerra Fria. Durante 30 anos, ele tem sido uma ferida dolorosa nas relações entre Washington e Tel Aviv. Muitos na inteligência dos EUA o vê como um traidor, enquanto para Israel ele é um firme defensor da segurança do país.
Pelo contrário, os funcionários do governo norte-americano expressaram seu descontentamento com a libertação antecipada de Pollard, entre eles o ex-chefe da CIA George Tenet.
Em março de 2014, o secretário de Estado de Barack Obama, John Kerry, insinuou que ele poderia ter vontade de libertar Pollard se Israel cessasse sua política de expansão constante na Cisjordânia ocupada. Essa iniciativa também acabou por fracassar.
Pollard e seu advogado ainda estão esperando a decisão dos EUA sobre a alteração das duras condições de liberdade condicional. Caso isto não aconteça, o próximo destino será a Casa Branca de Donald Trump, pois o advogado e seu cliente esperam que, na hora certa, o presidente tenha tempo para analisar o caso de Pollard e a tomar decisão apropriada.