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Psol: prioridade agora é impedir eleição indireta

© Paulo Pinto/AGPT/Fotos PúblicasProtestos começaram na quarta-feira à noite em várias cidades, como São Paulo
Protestos começaram na quarta-feira à noite em várias cidades, como São Paulo - Sputnik Brasil
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O Psol defende que, tão ou mais importante do que a queda do presidente Michel Temer agora, é impedir que a base governista manobre para realizar a eleição indireta do sucessor. A afirmação é do presidente nacional do partido, Luis Araújo, que falou com a Sputnik Brasil no momento em que assinava o pedido de impeachment, em Brasília.

"Todos os partidos de oposição ao governo ilegítimo do Temer acordaram com um pedido de impeachment, assinado por partidos e também por personalidades. Esse pedido se baseia em quatro elementos de crimes punidos com impeachment. Vamos dar entrada pedindo agilidade para resolver essa crise. O país está paralisado, o presidente ilegítimo fazendo reformas impopulares. Está tudo parado. O problema é que está tendo nos bastidores para fazer uma eleição indireta que destrave as reformas", diz o presidente do Psol.

Para Luis Araújo, a queda da Bolsa — que chegou a tombar mais de 10%, acionando o sistema de circuit breaker, que interrompe as negociações para evitar quedas ainda maiores —, é um elemento de pressão para mostrar que, se não se fizer as reformas, o país vai quebrar, o que é mentiroso, pura especulação.

"As reformas estão paradas e esse governo não tem legitimidade nenhuma de promover reformas, como esse Congresso Nacional, com um terço de seus integrantes, também não tem. A gente espera que o povo seja chamado a decidir. Da última vez que o Brasil fez uma eleição indireta, dormirmos com Tancredo e acordamos com o Sarney. Foi uma coisa traumática com vários planos impopulares, e não queremos passar por isso. Queremos que o Congresso devolva ao povo brasileiro o direito de decidir como vai ser a política econômica, as reformas necessárias para sair da crise. As reformas retiram direitos e que beneficiam o grande capital prejudicando a mão de obra com terceirização, perdas de direitos históricos e a reforma da Previdência que é um acinte", conclui Araújo.

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