Ex-chefe do FBI vai investigar suposta influência russa nas eleições dos EUA

© AFP 2023 / SAUL LOEB / POOLPresidenciável do Partido Republicano Donald Trump depois do segundo debate contra Hillary Clinton, St.Louis, Missouri, EUA, 9 de outubro de 2016
Presidenciável do Partido Republicano Donald Trump depois do segundo debate contra Hillary Clinton, St.Louis, Missouri, EUA, 9 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indicou nesta quarta-feira o ex-chefe do FBI, Robert Mueller, para investigar a suposta interferência russa nas eleições presidenciais do país, em 2016, quando o republicano Donald Trump derrotou a democrata Hillary Clinton.

A pressão para que a apuração avançasse cresceu depois que Trump demitiu, na semana passada, o diretor do FBI James Comey. Democratas e até mesmo alguns parlamentares republicanos exigiram respostas da Casa Branca.

Oficialmente, Trump criticou o trabalho de Comey para demiti-lo, mas seus adversários garantem que o diretor do FBI perdeu o cargo por se recusar a paralisar as investigações em torno das possíveis ligações entre a campanha presidencial do republicano e autoridades russas.

“Como eu já disse muitas vezes, uma investigação a respeito disso vai confirmar o que já sabemos – não há nenhum conluio entre a minha campanha e nenhuma entidade estrangeira”, declarou Trump à sua equipe, segundo a Agência Reuters.

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Em um comunicado divulgado para a rede norte-americana CBS, Mueller declarou: “Aceito essa responsabilidade e vou lançar mão das minhas melhores habilidades”.

Aos 72 anos, Mueller é um oficial condecorado da Marinha norte-americana, tendo participado da Guerra do Vietnã. Ele se tornou diretor do FBI durante o governo de George W. Bush, uma semana antes dos atentados de 11 de setembro de 2001. Ele ficou no posto até 2013, quando foi substituído por Comey.

A indicação veio no mesmo dia em que Trump se queixou da imprensa dos EUA. Para o presidente, nenhum político na história do país “foi tratado pior ou de maneira mais injusta”.

Da sua parte, a Rússia sempre negou qualquer vínculo com a campanha presidencial de Trump.

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