De acordo com Mattis, qualquer iniciativa de atacar a Coreia do Norte seria “trágica” e com consequências em uma “escala inacreditável”.
“Nós vamos continuar a produzir internacionalmente o mesmo tipo de pressão que temos tentado. Vamos continuar a trabalhar a questão. Como você sabe, se isso vai para uma solução militar, ele vai ser trágico em uma escala inacreditável”, afirmou Mattis a repórteres no Pentágono.
A avaliação do chefe militar norte-americano acontece na mesma semana em que a Coreia do Norte testou com sucesso um dos seus mísseis de maior alcance, o que criou novas preocupações à Casa Branca e aos aliados, como Coreia do Sul e Japão.
Para o chefe do Pentágono, a melhor forma de interpelar o regime de Kim Jong-un ainda é a diplomática internacional, esta capaz de fazer uma pressão ainda maior para que Pyongyang suspenda o seu programa nuclear.
“Então o nosso esforço é trabalhar com a ONU, trabalhar com a China, trabalhar com o Japão, trabalhar com a Coreia do Sul, para tentar encontrar uma saída para essa situação. E continuamos. Há muitos esforços diferentes em andamento”, afirmou Mattis.
Enquanto o presidente norte-americano Donald Trump determinou o envio de embarcações de guerra para a região da Península Coreana nas últimas semanas, Pyongyang acelerou o andamento do seu programa militar e nuclear. A meta seria desenvolver um míssil intercontinental (ICBM) confiável, que pudesse atingir a América do Norte.
Mattis comentou ainda acreditar que as autoridades da China estejam exercendo pressão sobre os norte-coreanos, ainda que com progressos quase imperceptíveis.
Para Washington, parece claro que uma guerra com a Coreia do Norte colocaria em risco toda a população de Seul. A capital sul-coreana fica a apenas 55 quilômetros da fronteira e canhões norte-coreanos poderiam atingir sem problemas a cidade de 10 milhões de habitantes.