A reportagem de O Globo de quarta-feira, publicada pelo colunista Lauro Jardim, dizia que Temer teria dado anuência aos pagamentos de uma mesada para o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e para o operador Lúcio Funaro.
Os repasses seriam responsabilidade do empresário Joesley Batista, dono da JBS. O áudio com a conversa entre ele e Temer, ocorrido em março deste ano, compõe a delação premiada feita por Batista aos investigadores da Operação Lava Jato.
Em razão do material apresentado, o procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para apurar a conduta de Temer no caso. O presidente é suspeito dos crimes de obstrução de Justiça, organização criminosa e corrupção passiva.
O relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, autorizou a abertura de inquérito.
Em pronunciamento nesta quinta-feira, Temer negou as acusações e garantiu que não renunciará ao cargo.