O plano, porém, não tinha nome e nunca foi exposto por escrito. Seu objetivo era evitar a instabilidade e sérios abalos em caso da vitória de Marine Le Pen durante as presidenciais.
"A prioridade principal era preservar a paz na sociedade, sendo que seriam respeitadas todas as exigências constitucionais", disse ao L'Obs uma das fontes.
Os autores do plano temiam manifestações maciças caso Le Pen vencesse. Antes do segundo turno das eleições, as forças de segurança francesas advertiram sobre possíveis confrontos com a multidão, diz-se no artigo.
Tal passo iria contra a tradição existente mas não contra a Constituição, já que o Presidente pode nomear mas não destituir o premiê, faz lembrar o jornal.
Ao mesmo tempo, os círculos próximos de Cazeneuve não "excluíam" tal cenário ainda em abril, ressalta o jornal Le Figaro. Deste modo, tal plano não visava destituir Le Pen, sendo apenas uma resposta a uma possível crise no país no caso da vitória da candidata da Frente Nacional.
As presidenciais francesas decorreram em dois turnos, em 23 de abril e 7 de maio, sendo que o vencedor foi o candidato do movimento En Marche!, o ex-ministro da Economia Emmanuel Macron.