"Eu me levanto hoje para pedir a impeachment do Presidente dos Estados Unidos da América por obstrução à justiça", disse em declaração oficial. "Eu não faço isso para propósitos políticos, Senhor Presidente. Eu faço isso porque acredito nos grandes ideais que este país representa — liberdade e justiça para todos, a noção de que devemos ter governo do povo, pelo povo, para o povo, porque acredito que ninguém está acima da lei e isso inclui o Presidente dos Estados Unidos da América", disse o legislador em discurso na Câmara.
Embora Green tenha observado que a maioria dos telefonemas apoiava a decisão do legislador do Texas de acusar o presidente, muitos dos que ligaram estavam enfurecidos e incluíam ameaças de morte e insultos raciais reminiscentes dos dias sombrios da segregação nos EUA.
Conforme relatado pelo Houston Chronicle, Green disse aos participantes da reunião, "As gravações reais serão reproduzidas e vocês podem decidir por si mesmos com o que estamos lidando", antes de reproduzir os telefonemas.
"Você não vai acusar ninguém, seu [palavrão]. Experimente e vamos linchar tudo que você [palavrão] você estará pendurado em uma árvore", disse uma das pessoas que ligaram, em referência a uma das formas mais comuns de assassinato a negros no período de segregação: o enforcamento.
Green não foi dissuadido, afirmando: "Isso não nos impede, não vamos ser intimidados, não vamos permitir que isso nos desvie daquilo que acreditamos ser a coisa certa a fazer e que é continuar" com o impeachment do presidente Trump".
O pedido de destituição de Trump ocorre depois que informações foram reveladas na terça-feira que o presidente pediu ao então diretor do FBI James Comey, em fevereiro, para encerrar uma investigação sobre o ex-conselheiro de segurança nacional Michael Flynn, um pedido considerado por muitos legisladores como obstrução à justiça.