A agência Sputnik Alemanha entrevistou a consultora do governo norueguês para as questões de propriedade, Hege Aschim, que anteriormente lançou o concurso para o projeto. Ela disse que o problema surgiu já em outubro de 2016, quando o tempo em Svalbard esteve inesperadamente quente.
"Foram registradas temperaturas altas e houve mesmo muitas chuvas. Habitualmente, lá predominam as temperaturas abaixo de zero. Esse tempo chuvoso causou a infiltração de água para um local onde ficam as passagens que levam às paredes com caixas onde estão as sementes", disse Aschim, acrescentando que, apesar de tudo, todas as 930.000 sementes não estiveram em perigo.
Aschim reconhece que os funcionários da arca não estavam preparados para o degelo e para as chuvas de outubro, porque antes isso nunca tinha acontecido.
"Uma das principais razões por que foi tomada a decisão de construir a infraestrutura aqui é por aqui haver pergelissolo. Além disso a densidade da população aqui é baixa e há um aeroporto, e isso facilita muito o transporte das sementes para aqui", disse.
Em geral, a temperatura dentro do depósito é de 18 °C abaixo de zero, mas agora os funcionários do banco precisam de estudar os dados sobre a influência das alterações climáticas sobre o projeto. Seu objetivo principal é guardar as sementes das diferentes plantas para o caso de uma catástrofe global.