Falando pelo setor industrial brasileiro, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, divulgou um comunicado em que reforça a necessidade de “continuidade às reformas estruturais”, que “são fundamentais para recolocar o país no rumo certo”.
“A indústria brasileira entende que não pode haver retrocessos nos avanços duramente conquistados nos últimos meses. Por isso, o Congresso Nacional precisa dar continuidade às reformas estruturais, que são fundamentais para recolocar o país no rumo certo”, afirmou.
Andrade ainda ressaltou que o país “precisa de estabilidade política e econômica para voltar a crescer, gerar empregos e renda e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, especialmente dos mais de 14 milhões que sofrem com o desemprego”.
A nota da CNI diz esboçar o pensamento das Federações das Indústrias dos estados – dentre elas estão FIESP e Firjan, que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) –, pregando assim a “confiança nas instituições brasileiras”.
“Temos a convicção de que os poderes da República serão capazes de solucionar a atual turbulência com serenidade, equilíbrio e espírito público, em estreita observância da Constituição Federal. A indústria brasileira entende que não pode haver retrocessos nos avanços duramente conquistados nos últimos meses”, comentou.
O comunicado termina defendendo as “reformas trabalhista, previdenciária, tributária e política”, que são tratadas como “imprescindíveis”, pois “o Brasil não pode parar”.
“O Congresso Nacional precisa dar continuidade às reformas estruturais, que são fundamentais para recolocar o país no rumo certo […]. Acreditamos no futuro da nação. Temos certeza de que, com trabalho e perseverança, construiremos o país no qual os brasileiros merecem viver”, completou.
Febraban elogia Temer
Na mesma linha de elogios da CNI, o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal, elogiou nesta terça-feira o presidente Michel Temer e sua equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Em evento da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), em São Paulo, Portugal destacou que o atual governo vem atuando com medidas que “propiciam o investimento”, trabalhando para “corrigir problemas estruturais” deixados pela gestão Dilma.
“Vivemos um momento político difícil, mas me incluo entre aqueles que advogam que todo o esforço da área econômica não seja perdido”, disse o presidente da Febraban ao jornal Valor Econômico, defendendo a manutenção do cronograma de reformas.
Os apoios de industriais e dos bancos é visto como fundamental para Temer tentar reverter a sua situação política, bastante difícil após a gravação de um áudio em que o presidente da República teria dado o aval para o pagamento de mesadas ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro, em troca do silêncio de ambos. Cabia ao empresário Joesley Batista, dono da JBS, efetuar tais pagamentos.