Após ter sido noticiado pela Folha de S. Paulo que as gravações divulgadas do empresário do grupo JBS apresentavam edições e cortes, o presidente Michel Temer contratou o perito Ricardo Molina para avaliar o material. De acordo com ele, a gravação comprometendo Temer possui "obscuridades" e não vale como prova.
Segundo o perido da Polícia Federal, citado pelo jornal O Globo, o período de 24h é muito curto para uma análise segura das gravações. Fabio Salvador afirma que só se poderá saber o que aconteceu com uma perícia isenta.
"Eu achei muito precipitado tirar uma conclusão tão objetiva, tão peremptória em apenas 24h. Tenho certeza que não é possível conseguir fazer um trabalho seguro em tão pouco tempo. Mas a gente só vai saber o que aconteceu quando tiver uma perícia isenta. Existem critérios e um método para ouvir diversas vezes, filtrar e refiltrar", disse Salvador.
O perito da Lava-Jato também observou que a avaliação do áudio deve ser feita com o gravador em mãos, o que não aconteceu no caso da defesa do presidente.
"Dependendo do aparelho você tem tipos diferentes de gravação. É preciso saber frequência, amplitude, uma série de dados técnicos que só com equipamento é possível saber", acrescentou.