Opinião: Trump mostra que Ucrânia não está entre suas prioridades

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Os planos dos EUA de deixarem de conceder subsídios militares á Ucrânia demonstram que Kiev não faz parte das prioridades geopolíticas de Donald Trump, pensa o líder do movimento Escolha Ucraniana – Direito do Povo, Viktor Medvedchuk.

Anteriormente, o diretor do departamento de gestão e orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, confirmou aos jornalistas que os EUA pretendem mudar os princípios de prestação de ajuda militar a vários países, entre eles a Ucrânia, concedendo créditos ao invés de subsídios.

"Na verdade, não aconteceu nada de novo. O presidente dos EUA nunca tentou negar que a crise ucraniana não é um problema de Washington, mas sim da Europa. O fato de Trump não ter cancelado a ajuda militar gratuita a Israel, Jordânia e Egito demonstra as prioridades geopolíticas reais do presidente", diz Viktor Medvedchuk, citado pelo site do movimento.

Segundo ele, este ato é mais um ataque contra as posições do "partido da guerra" (apoiantes da chamada operação antiterrorista em Donbass) na Ucrânia após Trump ter reconhecido a necessidade de cumprir os acordos de Minsk.

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"É duvidoso que a Ucrânia, cujas dívidas atingiram o nível crítico, possa receber dos EUA um crédito para obter uma quantidade significativa de armas", considera o representante de Kiev no subgrupo humanitário para Donbass.

De acordo com os dados do jornal Wall Street Journal, a iniciativa da administração de Trump pode reduzir os programas de ajuda em cerca de um bilhão de dólares (R$ 3,2 bilhões). O documento indica que, além da Ucrânia, os EUA podem privar da ajuda gratuita o Paquistão, Tunísia, Líbano, Colômbia, Filipinas, Vietnã e vários outros países, mas continuarão apoiando financeiramente Israel, Egito e Jordânia.

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