O diplomata se pronunciou pela realização completa das sanções da ONU, porém lembrou que as resoluções do Conselho da Segurança prescrevem a necessidade de reinício do diálogo com o fim de obter uma resolução pacífica da situação na península coreana.
O embaixador chinês na ONU apelou de fato de novo aos EUA, Japão e Coreia do Sul para não condicionarem o início das negociações com a Coreia do Norte à desistência dela do seu programa de mísseis nucleares. A obtenção incondicional deste objetivo deve se tornar o final das negociações, e não ser uma condição para o início delas. Sobre isso declarou na entrevista à Sputnik China o especialista do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia Aleksandr Vorontsov. Ele opina que a China tomou uma posição razoável na ONU, que combina com o jogo diplomático:
"Por um lado, naturalmente, isso é um jogo diplomático do representante chinês, porque os EUA, Japão e Coreia do Sul não estão preparados para mudar a sua abordagem do início das negociações com a Coreia do Norte. Por outro lado, isso é um apelo dos chineses aos americanos para que eles mostrem mais transigência e olhem a realidade mais sensatamente. As condições para negociações com a Coreia do Norte, formuladas pela parte americana durante o governo de Obama, até agora não mudaram. Americanos querem negociar com Pyongyang apenas nas condições que pressupõem uma capitulação de fato da Coreia do Norte. A vida mostrou que nestas condições o país se recusou a negociar até agora, e continua seguindo essa posição. Como eu imagino, o representante chinês queria explicar aos EUA exatamente esta ideia".
Talvez a China ache que a pressão sobre a Coreia do Norte é suficiente? Respondendo a esta pergunta, o especialista Aleksandr Vorontsov adicionou:
"Sim, provavelmente é assim. Os próprios chineses doseiam o volume da pressão e sanções que eles aplicam à Coreia do Norte. Claro, eles têm uma visão própria desse volume. Os americanos queriam ver muito mais pressão, sanções e restrições do lado da China. Mas a China analisa este problema do ponto de vista dos seu interesses nacionais".