China convida Japão, EUA e Coreia do Sul a reiniciar relações com Coreia do Norte

© AP Photo / Bebeto MatthewsПостоянный представитель Китая при ООН Лю Цзеи
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China opina que o diálogo com a Coreia do Norte é possível, apesar da série de testes de mísseis realizados durante as últimas semanas. O representante oficial chinês na ONU Liu Jieyi declarou isso no final das consultas fechadas no Conselho da Segurança.

O diplomata se pronunciou pela realização completa das sanções da ONU, porém lembrou que as resoluções do Conselho da Segurança prescrevem a necessidade de reinício do diálogo com o fim de obter uma resolução pacífica da situação na península coreana.

O embaixador chinês na ONU apelou de fato de novo aos EUA, Japão e Coreia do Sul para não condicionarem o início das negociações com a Coreia do Norte à desistência dela do seu programa de mísseis nucleares. A obtenção incondicional deste objetivo deve se tornar o final das negociações, e não ser uma condição para o início delas. Sobre isso declarou na entrevista à Sputnik China o especialista do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia Aleksandr Vorontsov. Ele opina que a China tomou uma posição razoável na ONU, que combina com o jogo diplomático:

"Por um lado, naturalmente, isso é um jogo diplomático do representante chinês, porque os EUA, Japão e Coreia do Sul não estão preparados para mudar a sua abordagem do início das negociações com a Coreia do Norte. Por outro lado, isso é um apelo dos chineses aos americanos para que eles mostrem mais transigência e olhem a realidade mais sensatamente. As condições para negociações com a Coreia do Norte, formuladas pela parte americana durante o governo de Obama, até agora não mudaram. Americanos querem negociar com Pyongyang apenas nas condições que pressupõem uma capitulação de fato da Coreia do Norte. A vida mostrou que nestas condições o país se recusou a negociar até agora, e continua seguindo essa posição. Como eu imagino, o representante chinês queria explicar aos EUA exatamente esta ideia".

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Falando sobre o possível endurecimento das sanções à Coreia do Norte, o representante chinês apontou que os membros do Conselho da Segurança da ONU devem "observar a situação e escolher a melhor opção para ação". "O que fazer nesta situação, deve ser decidido pelo Conselho de Segurança e nós estamos trabalhando de perto com os outros membros do Conselho", destacou Liu Jieyi.

Talvez a China ache que a pressão sobre a Coreia do Norte é suficiente? Respondendo a esta pergunta, o especialista Aleksandr Vorontsov adicionou:

"Sim, provavelmente é assim. Os próprios chineses doseiam o volume da pressão e sanções que eles aplicam à Coreia do Norte. Claro, eles têm uma visão própria desse volume. Os americanos queriam ver muito mais pressão, sanções e restrições do lado da China. Mas a China analisa este problema do ponto de vista dos seu interesses nacionais".

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