Americanos usam este porta-aviões para atacar os terroristas do Daesh (proibido na Rússia e outros países) na Síria e Iraque, enquanto os iranianos, através dos seus drones, monitorizam cuidadosamente todas as operações americanas. Este fato irrita os militares dos EUA, mas eles não podem fazer nada: tudo acontece em águas internacionais.
Drones irritantes
Os primeiros voos de drones iranianos por cima de navios americanos foram registrados em 2012. Naquela altura, perto do porta-aviões voavam não só drones, mas também aviões de patrulhamento P-3F da força aérea do Irã, que podem transportar armamento antinavio.
Will Pennington, capitão do porta-aviões USS George H.W. Bush, informou, uma semana atrás, que os aborrecidos drones iranianos não são "brinquedos teleguiados", mas genuínos aparelhos de espionagem.
Cada vez que aparecem drones, o porta-aviões aumenta a prontidão de combate e aperfeiçoam cada vez mais os procedimentos de proteção do navio.
Em 2014, o Irã anunciou que recebeu como equipamento drones-camicase Raad, recheados de explosivos, que deviam se tornar em "bombas móveis" para atacar alvos terrestres e navais. Este drone não pode afundar um navio, mas pode perfeitamente danificar o convés do porta-aviões, o resultará em problemas para a decolagem e pouso das aeronaves. Esse é o cenário que os americanos mais receiam.
Os programas não-tripulados iranianos
O primeiro drone-espião iraniano Abadil apareceu no ar em 1986. Pouco mais tarde, durante a guerra Irã-Iraque se juntou a ele o drone Mohajer. De acordo com alguns dados, ele podia lançar granadas de RPG, o que fez do Mohajer um dos primeiros drones de ataque.
Atualmente, o Irã fornece seus drones aos grupos Hezbollah e Hamas, às autoridades da Síria, aos houthis no Iêmen e ao Sudão. A Venezuela cria seus drones se baseando nos iranianos.
Os analistas ocidentais preveem que, depois da anulação das sanções, o Irã irá ativar ainda mais a procura das tecnologias mais recentes e procurar parceiros em primeiro lugar na Rússia, Bielorrússia, República Tcheca, Índia e China.