De acordo com a inteligência britânica, Hashem Abedi, irmão mais novo de Salman Abedi viajou no último dia 16 de abril de Trípoli para a Grã-Bretanha. Além disso, o mesmo serviço informou que ele planejava um atentado terrorista na capital da Líbia.
O porta-voz das forças antiterroristas líbias, Ahmed bin Salem, não deu outros detalhes da prisão.
Apontado como pai dos suspeitos, Ramadan Abedi disse, em entrevista à agência Associated Press que outro filho seu, chamado Ismail, foi preso na terça-feira na Inglaterra. Na mesma entrevista, ele negou que tenham sido eles a “se explodirem entre inocentes”.
“Não acreditamos em matar inocentes. Não somos assim”, ponderou.
Tido como sendo o homem-bomba responsável pelo ataque, Salman Abedi tinha 22 anos, era filho de pais líbios e possuía cidadania britânica. Ele cresceu na área ao redor de Manchester. Ele morreu no ataque.
Já em solo britânico, a polícia prendeu a quinta pessoa suspeita de envolvimento com o atentado em Manchester, durante o show da cantora norte-americana Ariana Grande. O suspeito foi detido em Wigan, cidade que fica a 27 quilômetros a oeste de Manchester.
De acordo com os policiais, o homem detido levava consigo um pacote considerado suspeito, e que está sendo analisado pelas autoridades.
Outras três prisões de suspeitos que podem ter ligação com o ato terrorista foram realizadas em Manchester nesta quarta-feira, chegando a um total de cinco detidos até o momento.
As forças de segurança britânicas acreditam que estão lidando com uma rede terrorista instalada no país, mas não forneceram outros detalhes sobre as investigações.
Pai de suspeitos teria ligação com Al-Qaeda
Um ex-oficial líbio de segurança, Abdel-Basit Haroun, disse nesta quarta-feira que conheceu pessoalmente o pai dos suspeitos detidos, Ramadan Abedi. De acordo com ele, o patriarca da família Abedi foi membro de um grupo islâmico nos anos 1990. Tal grupo, por sua vez, tinha conexões com a rede terrorista Al-Qaeda, de acordo com Haroun.
O mesmo ex-oficial também destacou que, embora o grupo islâmico do qual Ramadan fez parte tenha se desfeito, o pai dos suspeitos seguiu envolvido com o movimento jihadista salafista, o mais extremo dentro do salafismo e que conta com Al-Qaeda e o Daesh como seus propagadores pelo mundo.