A Cassini se tornou testemunha do fantástico evento depois de 13 anos de viagem pelo espaço.
"Durante a segunda fase da missão Cassini — chamada de Solstício — observamos a mudança das estações de ano em Saturno. Todo o sistema muda completamente no fim do inverno e na chegada do verão, graças à Cassini tivemos a oportunidade única de admirar esse processo", declarou Linda Spilker, diretora científica da missão Cassini.
Em 15 de setembro de 2017, sob o comando dos engenheiros da agência, depois de uma série de 22 sobrevoos entre o planeta e seu satélite, a Cassini vai penetrar na atmosfera de Saturno, enviar as últimas informações para a Terra e se desintegrar, como uma estrela cadente, unindo-se ao planeta, o qual ela ajudou a desvendar.
Desde 2010, Cassini vem trabalhando no programa Solstício, que analisa as estações do ano de Saturno, bem como o clima do planeta.
Segundo destaca a diretora da missão espacial, LindaSpilker, "nunca teríamos conseguido observar muitas destes processos se a NASA não tivesse decidido prolongar a missão. Por exemplo, há cinco anos, no outono, observamos a atmosfera de Saturno coberta por um furacão gigantesco".
Mas a maior descoberta da Cassini se trata dos gêiseres de Encelado, lua de Saturno, que jorram água quente, que poderiam proporcionar o nascimento e manutenção de vida. Tal descoberta abriu os olhos da NASA quanto à importância da realização de mais uma missão espacial rumo ao planeta gigante e suas luas.