De acordo com Lima, a decisão de Moro foi “injustificável”, uma vez que existem sim provas de que a jornalista tinha conhecimento segundo ele, da origem ilícita dos recursos que abasteciam as contas dela e do marido no exterior. Esses recursos financiavam viagens e compras luxuosas do casal e das filhas.
“Isso [a absolvição] decorre muito mais do coração generoso do Sérgio Moro. Ao gastar, ela cometeu crime de lavagem [de dinheiro]. O comportamento dela não é justificado e é criminoso. Ela é jornalista e tinha conhecimento suficiente para saber. Vamos recorrer da decisão e esperamos que no tribunal possa reverter a absolvição. Vamos insistir no pedido de condenação”, explicou.
Deflagrada nesta sexta-feira, a 41ª fase da Lava Jato – batizada de Poço Seco – investiga parte dos valores que acabaram nas contas de Cunha, e que tiveram origem em negócios da Petrobras em Benin, na África. No total, sete pessoas teriam sido beneficiados com dinheiro do esquema.