A operação das tropas governamentais na Síria
Os extremistas converteram a vida dos habitantes de Deir ez-Zor em um verdadeiro pesadelo. É impossível olhar com calma para as crianças feridas e mortas, mulheres assustadas e destruição geral na área, sublinha o colunista.
Quem se aproveita das desgraças dos sírios?
A oposição síria, apoiada pela coalizão, também tencionava atacar a cidade de Deir ez-Zor. Não obstante, de acordo com Gromov, parece estar mais interessada em obter o petróleo cujas jazidas se encontram na região.
Os recursos da Síria também atraem a Arábia Saudita e a Turquia, sublinha o jornalista.
"A coalizão, que opera na Síria sem resolução da ONU nem o pedido oficial de Damasco, está plenamente consciente de que seria mais fácil obter recursos baratos se Síria estivesse dividida em zonas de influência e a maioria das jazidas do petróleo estivessem sob controle dos EUA e seus fantoches", afirma.
Formalmente, o objetivo da invasão da Força Especial dos EUA e do Reino Unido é realizar uma ofensiva contra os terroristas do Daesh no sul da província de Deir ez-Zor. Mas, na realidade, "seu objetivo é se apoderar das regiões petrolíferas", assegurou o jornalista.
O comando militar sírio tem que ser mais ativo, assinala um analista citado pela agência AFN.
"Se Assad não iniciar uma mobilização geral, será difícil evitar a desintegração do país", advertiu.
A ajuda dos assessores militares russos
A fim de conseguir o sucesso do assalto a Deir ez-Zor, o comando militar sírio deve prestar mais atenção ao planejamento, área em que os assessores militares russos presentes na Síria poderiam ajudar.
"Se a ofensiva das forças do governo sírio for coordenada por assessores militares russos, Assad será capaz de se antecipar aos americanos e sauditas em Deir ez-Zor", prognosticou Andrei Koshkin, perito militar citado pelo colunista.