'Se Assad não iniciar uma mobilização geral, será difícil evitar a desintegração do país'

© AFP 2023 / GEORGE OURFALIAN Militares sírios perto da base aérea de Deir ez-Zor
Militares sírios perto da base aérea de Deir ez-Zor - Sputnik Brasil
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Para o Exército governamental sírio, apoiado pelo grupo da Força Aeroespacial da Rússia, é importante antecipar-se à coalizão internacional encabeçada pelos EUA na ofensiva contra o Daesh na província de Deir ez-Zor, assinala Aleksei Gromov, colunista da mídia Agência Federal de Notícias russa.

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O autor observa que, entretanto, não há informação oficial quanto ao começo da operação do Exército sírio e da Força Aeroespacial da Rússia em Deir ez-Zor, mas, de acordo com algumas informações às quais a agência teve acesso, as tropas de Bashar Assad se preparam para atacar o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) nesta província, que tem estado sob controle dos terroristas nos últimos 4 anos.

Os extremistas converteram a vida dos habitantes de Deir ez-Zor em um verdadeiro pesadelo. É impossível olhar com calma para as crianças feridas e mortas, mulheres assustadas e destruição geral na área, sublinha o colunista.

Quem se aproveita das desgraças dos sírios?

A oposição síria, apoiada pela coalizão, também tencionava atacar a cidade de Deir ez-Zor. Não obstante, de acordo com Gromov, parece estar mais interessada em obter o petróleo cujas jazidas se encontram na região.

Os recursos da Síria também atraem a Arábia Saudita e a Turquia, sublinha o jornalista.

"A coalizão, que opera na Síria sem resolução da ONU nem o pedido oficial de Damasco, está plenamente consciente de que seria mais fácil obter recursos baratos se Síria estivesse dividida em zonas de influência e a maioria das jazidas do petróleo estivessem sob controle dos EUA e seus fantoches", afirma.

Formalmente, o objetivo da invasão da Força Especial dos EUA e do Reino Unido é realizar uma ofensiva contra os terroristas do Daesh no sul da província de Deir ez-Zor. Mas, na realidade, "seu objetivo é se apoderar das regiões petrolíferas", assegurou o jornalista.

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É por isso que o Exército sírio deveria pensar em lançar uma ofensiva na província o mais rápido possível, sublinham os especialistas em assuntos militares.

O comando militar sírio tem que ser mais ativo, assinala um analista citado pela agência AFN.

"Se Assad não iniciar uma mobilização geral, será difícil evitar a desintegração do país", advertiu.

A ajuda dos assessores militares russos

A fim de conseguir o sucesso do assalto a Deir ez-Zor, o comando militar sírio deve prestar mais atenção ao planejamento, área em que os assessores militares russos presentes na Síria poderiam ajudar.

"Se a ofensiva das forças do governo sírio for coordenada por assessores militares russos, Assad será capaz de se antecipar aos americanos e sauditas em Deir ez-Zor", prognosticou Andrei Koshkin, perito militar citado pelo colunista.

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