Sendo um país rico em recursos, com uma situação geográfica privilegiada no que se trata das rotas que unem a Europa e o Oriente Médio, a Síria tem atraído a atenção de muitas forças que tentam dividi-la por interesses próprios.
O iniciador deste processo foram os EUA durante a presidência de Barack Obama, quando se deu a chamada Primavera Árabe.
O analista opina que a única coisa que mudou com a chegada de Donald Trump foram os métodos de influência nesta situação.
"Na época de Barack Obama, os EUA atuaram principalmente através de recursos do exterior, mas agora as tropas americanas estão cada vez mais envolvidas no conflito", observou.
De acordo com o analista, "Washington, Riad e Ancara consideram o acordo sobre o estabelecimento de zonas de segurança na Síria como uma das etapas de desintegração do país".
"O território controlado pelas forças pró-americanas no sudeste da Síria, perto da fronteira com a Jordânia, é considerado pelos americanos como sua zona de influência. A Turquia, por sua parte, pretende exercer influência dominante não somente no território ocupado por suas tropas no norte da Síria, mas também em Idlib", afirmou Sergei Prostakov.
Os confrontos violentos na zona da estrada entre Damasco e Palmira, assim como no sul da Síria, perto da fronteira com a Jordânia e o Iraque, atrasaram significativamente o início do assalto pelo Exército da Síria da cidade de Deir ez-Zor, ocupada durante mais de 3 anos pelo Daesh, grupo terrorista proibido na Rússia).
"Caso os EUA tomem o controle de Deir ez-Zor, terão a oportunidade de ditar suas condições e dividir o território sírio a seu favor", adverte o analista.
Prostakov recorda que esta cidade não é somente o centro de uma região petrolífera importante, mas também foi proclamada a capital do Daesh, por isso para o Exército sírio é crucial libertar a localidade.