O autor do artigo "Os gigantes desafiam o 'supertanque' de Putin" qualifica como "gigantes" os três países europeus mais desenvolvidos em termos de tecnologia: a Alemanha, a França e o Reino Unido.
Os franceses têm o caça Rafale, muito popular no mercado. Os britânicos têm seus porta-aviões mais caros Queen Elizabeth de 5 bilhões de libras cada um. Também é mencionado o projeto de substituição de quatro submarinos nucleares da classe Trident. Neste caso, os quatro submarinos de mísseis estratégicos devem ser substituídos por novos, cuja construção deve começar no fim da década de 20.
"Quando olhamos para as armas europeias, que devem parar o 'supertanque de Putin', se torna evidente que a Europa tem a intenção de se defender com armas do século XX apostando no grande volume destas", escreve Vladimir Tuchkov, colunista do jornal Svobodnaya Pressa.
"O desfile do armamento europeu não conta com caças de quinta geração. Ou seja, não terão com que parar o 'supercaça de Putin'", acrescenta.
Os dois principais fabricantes de veículos blindados europeus, o alemão Rheinmetall e o francês Nexte, já começaram trabalhando neste projeto ambicioso chamado de Sistema Principal de Combate Terrestre (MGCS, na sigla em inglês). Pressupõe-se que o promissor veículo franco-alemão substitua o Leopard e o Leclerc.
"Os novos tanques europeus entrarão em serviço em 2030. O que confirma as declarações da direção do fabricante russo Uralvagonzavod de que o Armata se adiantou uns 10 ou 15 anos às tecnologias estrangeiras de construção de tanques", comenta Tuchkov.
Além disso, o jornal sueco menciona outro projeto promissor alemão: a indústria de construção naval do país pretende construir quatro navios polivalentes do projeto MCS-180 por um valor de 4,5 bilhões de euros.
A França também está construindo as novas fragatas Belharra para garantir a defesa aérea e de mísseis com a ajuda de mísseis antiaéreos Aster-30. O sistema de mísseis de cruzeiro é capaz de destruir alvos aéreos a uma distância de até 100 km e uma altitude de até 25 km.
"Este é todo o armamento europeu. Tudo o resto, que se está produzindo ou comprando, é do século passado ou da primeira década deste século. Enquanto isso, o 'supertanque de Putin' inclui uma gama mais ampla de armas e equipamentos de combate, em sua maioria muito mais nova. E, portanto, mais eficaz", sublinha Vladimir Tuchkov.
Não obstante, Rússia reiterou em várias ocasiões que não representa ameaça para ninguém e seu único objetivo é defender o seu povo e o seu país.