Senador russo: sanções contra Pyongyang são inúteis, é preciso negociar

© AP Photo / Ahn Young-joonHomem em Seul vê programa de televisão que mostra lançamento de míssil realizado pela Coreia do Norte (foto de arquivo)
Homem em Seul vê programa de televisão que mostra lançamento de míssil realizado pela Coreia do Norte (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A Rússia, juntamente com a China, precisa abordar no Conselho de Segurança da ONU a questão de recomeçar as negociações sobre a situação na Coreia do Norte, pois as sanções somente agravarão o problema, disse na segunda-feira à Sputnik Vladimir Dzhabarov, senador do Conselho da Federação da Rússia (câmara alta do parlamento russo).

"A Rússia deve incentivar o Conselho de Segurança da ONU a reiniciar as negociações sobre a situação da Coreia do Norte e acho que a China também está interessada nisso", disse o primeiro vice-presidente do Comitê Internacional do Conselho da Federação da Rússia, Vladimir Dzhabarov.

Ele sublinhou que, no momento, os EUA e o Japão estarão insistindo em introduzir novas sanções contra Pyongyang, mas "restrições levarão a um efeito contrário".

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O senador acha que, além de reiniciar as conversações entre seis países sobre a Coreia do Norte, é preciso dar aos norte-coreanos a garantia que nada os ameaça. "Agora ninguém lhes dá tais garantias, por isso eles continuam aumentando suas capacidades de segurança", concluiu o senador.

Na segunda-feira (domingo, hora do Brasil), a Coreia do Norte lançou mais um míssil balístico da costa oriental do país. O míssil voou uma distância de 450 quilômetros em 6 minutos. O comando unificado da Coreia do Sul classificou o míssil de pequeno ou de médio alcance, do tipo Skad. O míssil caiu na zona econômica exclusiva do Japão sem causar danos.

Desde 2006, o Conselho de Segurança da ONU aprovou seis resoluções em relação a Pyongyang, para que parasse o desenvolvimento de armas nucleares e de mísseis. As conversações de seis lados sobre a desnuclearização da península Coreana começaram em agosto de 2003 com a participação de diplomatas da Rússia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, EUA, China e Japão. Como resultado, a Coreia do Norte congelou seu programa nuclear e até começou a desmontar um dos reatores. No entanto, a partir de 2008 o diálogo chegou a um impasse após Washington e Pyongyang não terem conseguido ajustar os termos da verificação dos programas nucleares norte-coreanos.

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