Para Teixeira, a orientação que o banco vai ter a partir de agora provavelmente será seguir a mesma linha de não privilegiar os campeões por categoria e, sim, democratizar mais o crédito, e a política de financiamento deve se dar dentro da realidade de mercado, embora levando em consideração que é um banco de desenvolvimento.
"Ele (Paulo Rabello) está esperando a apresentação de projetos, a demanda por parte do empresariado, mas não de juros de pai para filho, subsidiados como ele mesmo colocou e, sim, os que sejam praticáveis, com uma taxa Selic em queda. Acredito que daqui para frente vai democratizar muito mais, o governo vai querer sinalizar para o empresariado que aquela fase dos grandes campeões de categoria já passou", diz o economista.
Teixeira acredita que, por ser um banco de desenvolvimento, o BNDES vai priorizar algumas linhas, aquelas que podem, no médio prazo, trazer os melhores resultados.
"A política de um banco de desenvolvimento precisa estar centrada nesse objetivo. Nem você consegue no curto prazo grandes transformações e se você deixar para o longo prazo você tem essa grita que as coisas não estão acontecendo com a velocidade que se esperava", observa.
Na visão de Teixeira, o governo vai priorizar aqueles setores que possam, no médio prazo, dar o maior retorno para o país. Segundo ele, aí o corpo técnico é quem melhor poderá sinalizar, sem contaminação política, quais são os caminhos.