O exercício simulado visa enviar um recado claro à Coreia do Norte, que vem tentando desenvolver a sua tecnologia balística para, um dia, possuir um míssil que seja capaz de atingir cidades dos EUA – algo que especialistas não acreditam ser possível antes de 2020.
“A intercepção de um alvo complexo e representativo como a ameaça de um míssil intercontinental é uma realização incrível... Um marco crítico para este programa”, informou em comunicado o vice-almirante Jim Syring, diretor da Agência de Defesa de Mísseis.
UPDATE: MDA says their 1st test of an interceptor intended to take down an ICBM was been successful https://t.co/YLAixD4hyC pic.twitter.com/FYLuEbUJqM
— RT America (@RT_America) 30 de maio de 2017
“As indicações iniciais são que o teste atendeu seu objetivo principal, mas os funcionários do programa continuarão a avaliar o desempenho do sistema com base na telemetria e outros dados obtidos durante o teste”, continuou a nota.
O teste aconteceu sobre o Oceano Pacífico, em uma simulação do que poderia vir a ser uma tentativa norte-coreana de atacar os EUA com um míssil de longo alcance. Apenas em 2017, Pyongyang já conduziu 12 testes balísticos, dos quais três apenas nas últimas três semanas.
Horas antes do teste, o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis, informou que o míssil de defesa norte-americano seria disparado da Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, com a missão de interceptar um míssil que sairia da base Ronald Reagan, nas Ilhas Marshall.
O oficial norte-americano evitou mencionar que a Coreia do Norte seria a motivação do teste, porém não escondeu que o país asiático e seus testes representam uma ameaça aos EUA.
“A Coreia do Norte expandiu o tamanho e a sofisticação de suas forças de mísseis balísticos, desde mísseis balísticos de curto alcance até mísseis balísticos intercontinentais”, comentou.“Eles continuam a realizar testes, como vimos mesmo neste fim de semana, enquanto também usam uma retórica perigosa que sugere que eles atingiriam os EUA”.
O teste realizado pelos EUA acontece na mesma semana em que o país pode fechar com a China uma resolução, a ser analisada pelo Conselho de Segurança da ONU, endurecendo as sanções contra o regime de Kim Jong-un.