Os alarmes vigentes ligados ao programa nuclear de Pyongyang tratam do assunto de suas capacidades científicas e industriais, e o tempo necessário para atingir marcos essenciais: criar uma ogiva nuclear de menor tamanho, posicioná-la em um míssil e construir um míssil intercontinental.
Uma arma termonuclear é muito mais poderosa que uma bomba atômica "convencional", assim como é muito mais difícil de produzir.
EUA demoraram sete anos para desenvolvê-la, com a participação dos cientistas mais famosos do país. A China, por sua vez, conseguiu fazê-lo em apenas três anos após seu primeiro teste nuclear, em 1964, sendo privada de qualquer apoio da União Soviética neste respeito, Bracken relembra. De qualquer maneira, é um enorme sucesso com importantes implicações internas e internacionais.
Ao obter uma bomba termonuclear, a Coreia do Norte mudaria significativamente a situação, opina o autor. A nível local, seria objeto de orgulho nacional que consolidaria a nação. A nível internacional, forçaria uma reconsideração de todas as abordagens existentes para o "reino eremita", opina o professor.
"Com cerca de trinta bombas atômicas e um par de bombas termonucleares, será impossível ignorar as consequências de qualquer escalada […] Ninguém poderá pressionar o país", observa Bracken.
Nem sequer pode se tratar de uma resposta a uma intervenção militar, tão discutida nos últimos meses, adverte o autor.
O risco de colapso do país devido às sanções ou restrições comerciais receberia uma nova dimensão. Também não podem ser ignorados os riscos associados a um possível golpe de Estado contra Kim Jong-un. Uma "simples" falha na manutenção ou falha na cadeia de comando também seria possível, de acordo com Bracken.
"O raio mortífero da destruição de uma bomba termonuclear solidificaria a Coreia do Norte como 'barril de pólvora' do Nordeste Oriental […] com um monte de riscos estratégicos capazes de causar a 'erupção'", conclui o especialista.