A agência Sputnik France conversou com o especialista de geopolítica Gérard Chaliand e perguntou por que o assunto não é discutido na França.
O especialista respondeu que não sabe se a informação, publicada pelo WSJ é verdadeira. Segundo ele, no mundo está reinando uma "atmosfera geral de desinformação, mesmo entre os aliados".
"De todo modo, eu não considero possível capturar com vida as pessoas que, de forma muito clara, demonstraram a sua disposição", explicou o especialista.
"Em território sírio não devemos ceder aos jihadistas locais, sendo estes franceses ou não", concluiu.
Já o especialista em terrorismo e direito internacional, pesquisador do Instituto de Perspectivas e de Segurança na Europa (Institut Prospective et Sécurité en Europe – IPSE) e do Centro para Políticas de Segurança de Genebra (Geneva Centre for Security Policy – GCSP), Alexandre Vautravers, disse à Sputnik que o tema é complexo, pois carece de exemplos juridicamente definidos.
"Quando essas pessoas se juntaram a um grupo armado, neste caso ao Daesh, eles se transformaram em combatentes de uma guerra. Assim, devem ser considerados como combatentes, ou seja, alvos de ações militares", explicou Vautravers.
"No direito internacional não existe o conceito de guerra assimétrica. Existem conflitos internos, que são conflitos armados não internacionais, e ou conflitos internacionais. A noção de um conflito assimétrico é um conceito acadêmico. Não é um termo jurídico", concluiu o interlocutor da agência.