"Alcântara está absolutamente pronto e é um projeto estratégico para o governo", afirmou o ministro após participar do Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo. Segundo ele, para viabilizar a participação de outros países, além dos EUA, o Ministério da Defesa retirou o projeto de acordo de salvaguardas para a parceria que estava parado na Câmara dos Deputados desde 2001 para reformulação.
"Aquele acordo se destinava aos Estados Unidos, mas não quer dizer que outros países não irão participar, então a minuta foi rediscutida. Tudo foi revisado pelos ministérios envolvidos e levado para discussão com os parceiros externos", disse o ministro, acrescentando que propôs uma reformulação na governança do projeto, a fim de que a política brasileira para o espaço seja coordenada em nível ministerial por um Conselho Nacional do Espaço.
Apesar da declaração de Jungmann, ainda há uma questão pendente no que diz respeito às capacidades da base. Devido à desapropriação de boa parte do terreno para comunidades quilombolas, o tamanho original do centro de Alcântara, de 60 mil hectares, foi reduzido para 8 mil. Agora, a Defesa brasileira tenta ampliar essa área, considerada insuficiente para tantos interessados.
"Pedimos mais 12 mil hectares, e isso já está em negociação com o Ministério Público e as comunidades. Se conseguirmos, será possível termos plataformas de lançamento para acomodar cinco a seis países", disse o ministro.