"Hoje sabemos que a cratera Gale era um lago no passado distante com água potável. Por outro lado, não sabemos por quanto tempo poderia ter existido vida nele. O nosso último descobrimento comprova que, mesmo quando o lago foi completamente vaporizado, reservas de líquido permaneceram nos solos marcianos, abrindo mais a 'janela' da possível existência de vida em Marte", explica Jens Frydenvang, pesquisador da Universidade de Copenhague (Dinamarca).
No início de fevereiro de 2013, a sonda Curiosity perfurou uma rocha plana, apelidada de John Clein, localizada em uma pequena cavidade. As amostras da "poeira da rocha" mostram que as condições em Marte do passado eram propensas à existência de microrganismos.
Segundo opinavam os cientistas, Platô Naukluft se formou na época "sem água". O descobrimento destes veios impulsionou a equipe do Curiosity a estudar mais detalhadamente todas as amostras coletadas na região marciana através do laser ChemIn e espectrômetro APXS.
Sendo assim, a água líquida existiu em Marte de alguma maneira mesmo depois da secagem de seus oceanos e reservatórios de água. Em discordância com muitos geólogos e planetólogos, a nova descoberta afirma que a vida poderia ter existido em Marte por muito mais de um bilhão de anos.