Vida poderia ter existido em Marte por muito mais tempo do que acreditavam antes

© AFP 2023 / NASAUma sonda da NASA recolhendo amostras do solo marciano para a pesquisa
Uma sonda da NASA recolhendo amostras do solo marciano para a pesquisa - Sputnik Brasil
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A sonda Curiosity descobriu uma sedimentação extraordinária de areia na montanha de Sharp, significando, assim, que a água em estado líquido poderia ter sido encontrada na superfície do Planeta Vermelho por um período muito maior, opinado por cientistas, informa o artigo publicado na revista Geophysical Research Letters.

"Hoje sabemos que a cratera Gale era um lago no passado distante com água potável. Por outro lado, não sabemos por quanto tempo poderia ter existido vida nele. O nosso último descobrimento comprova que, mesmo quando o lago foi completamente vaporizado, reservas de líquido permaneceram nos solos marcianos, abrindo mais a 'janela' da possível existência de vida em Marte", explica Jens Frydenvang, pesquisador da Universidade de Copenhague (Dinamarca).

No início de fevereiro de 2013, a sonda Curiosity perfurou uma rocha plana, apelidada de John Clein, localizada em uma pequena cavidade. As amostras da "poeira da rocha" mostram que as condições em Marte do passado eram propensas à existência de microrganismos.

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Frydenvang e seus colegas descobriram que a água na cratera Gale poderia ter existido por mais tempo, pressuposto pelos integrantes da equipe do Curiosity, ao analisar as fotos tiradas pela sonda na região marciana conhecida como platô Naukluft, perto do cimo da Montanha Sharp, no início do ano passado e no final do ano 2015.

Segundo opinavam os cientistas, Platô Naukluft se formou na época "sem água". O descobrimento destes veios impulsionou a equipe do Curiosity a estudar mais detalhadamente todas as amostras coletadas na região marciana através do laser ChemIn e espectrômetro APXS.

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Os traços da areia mencionada, como destacam cientistas, podem ser encontrados em todo o território e nas áreas mais altas da montanha Sharp, mais precisamente a algumas dezenas de metros de sua base, linha que traça o final da vida “aquática” marciana.

Sendo assim, a água líquida existiu em Marte de alguma maneira mesmo depois da secagem de seus oceanos e reservatórios de água. Em discordância com muitos geólogos e planetólogos, a nova descoberta afirma que a vida poderia ter existido em Marte por muito mais de um bilhão de anos.

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