“Isso quero resolver com o representante do Ministério Público e da Lava Jato. Já provei minha inocência, agora exijo que provem minha culpa. Cada mentira contada será desmontada”, afirmou Lula, que emendou: “um dia o Willian Bonner vai pedir desculpas ao PT por tudo que fizeram”.
O petista ainda vociferou contra o empresário Joesley Batista, dono da JBS, a quem Lula definiu como “canalha”.
“Um canalha de um empresário diz que fez uma conta no exterior pra mim e pra Dilma [Rousseff], mas a conta está no nome dele e ele que mexe na grana. Tá na hora de parar de palhaçada, que o país não aguenta mais viver nessa situação, esse achincalhamento”, afirmou.
No Congresso petista, a busca por resposta à ascensão e queda do partido, que comandou o Brasil entre 2003 e 2016, foi explicada por Lula como uma necessidade de entender o que está em jogo no atual cenário político do país: “não é apenas construir um diretório. O que está em jogo é a definição do que queremos para o Brasil”.
“Ao discursar amanhã, não falem para vocês mesmos, falem para os milhões de brasileiros que não estão aqui e que precisam que o PT tome as decisões mais corretas e coerentes para voltar a despertar a esperança nesse povo […]. A humanidade não caminha sem um sonho, não caminha se não tiver esperança”, destacou.
Falando em futuro, Lula criticou o “presidente ilegítimo” Michel Temer (PMDB), que “só faz cortes” e explicou que a corrida presidencial do ano que vem já começou para o PT.
“Às vezes, as pessoas falam que a gente não pode fazer mais do mesmo, mas, quando a gente voltar, vai ter que reconstruir tudo o que destruíram […]. 2018 está longe para quem não tem esperança, mas, para nós, 2018 é logo aí, já começou e não estamos com medo. Vamos voltar a governar esse país a partir de 2018”, analisou o petista.