O sistema foi construído por pesquisadores da Universidade de Adelaide, que publicaram suas descobertas na revista Scientific Reports. Eles mostraram imagens médicas do seu programa com base em estudos de 48 pacientes diferentes. Com uma precisão impressionante, o programa conseguiu prever se morreriam ou não logo.
Como a maioria dos programas modernos de inteligência artificial, a tecnologia é um programa de aprendizado profundo. Também chamado de "inteligência limitada", os programas de aprendizado profundo são capazes de tirar conclusões com base em grandes repositórios de dados previamente alimentados.
"Embora para este estudo, apenas uma pequena amostra de pacientes tenha sido utilizada, nossa pesquisa sugere que o computador aprendeu a reconhecer os complexos exames de imagem, algo que requer treinamento extensivo para especialistas humanos", disse o autor principal Dr. Luke Oakden-Rayner.
"Em vez de se concentrar no diagnóstico de doenças, os sistemas automatizados podem prever os resultados médicos de uma forma que os médicos não são treinados para fazer, incorporando grandes volumes de dados e detectando padrões sutis".
"Nossa pesquisa abre novos caminhos para a aplicação da tecnologia de inteligência artificial na análise de imagens médicas e pode oferecer novas esperanças para a detecção precoce de doenças graves, exigindo intervenções médicas específicas".
Ele disse que o próximo estágio do experimento será submeter dados de milhares de pacientes.
Um sistema similar foi desenvolvido por pesquisadores do London Institute of Medical Services, que publicou na revista Radiology em janeiro. Entretanto, neste caso só os corações e os pesquisadores alegaram que poderiam prever se um paciente morreria no próximo ano com uma precisão de 80% (em comparação com a precisão de 60% de um médico humano médio).