"Afeganistão sofre uma agressão não declarada por parte do Paquistão", declarou Ghani, citado pela emissora TOLO News, na reunião inaugural do Processo de Cabul de Cooperação para a Paz e Segurança — conferência internacional que busca por fim ao conflito entre o governo e outras partes implicadas, dentre elas o grupo talibã.
Segundo o líder afegão, a estabilidade em seu país beneficiaria paquistaneses.
"O que é necessário para convencer Paquistão de que um Afeganistão estável ajudaria não somente eles, mas nossa região?", inquiriu o político.
O porta-voz do Ministério do Interior afegão, Najib Danish, destacou que Paquistão foi, no passado, o principal organizador de ataques deste tipo.
Ao mesmo tempo, reconheceu que as pesquisas a respeito do atentado ainda não foram concluídas.
Durante a conferência de Cabul, na qual participam delegados de 23 nações, assim como da ONU, da OTAN e da União Europeia, o presidente Ghani recordou que o conflito no Afeganistão causou 75.000 mortos e feridos entre 2015 e 2016.
Ele também mencionou que cerca de 11.000 combatentes estrangeiros foram ao seu país nos últimos dois anos para se juntar ao Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e outros países).