"A radiação ultravioleta, emitida pela estrela, é tão grande que o planeta pode ser evaporado", escreva Keivan Stassun, pesquisador da Universidade Vanderbilt (Tennessee, EUA) no artigo publicado na revista Nature.
Júpiteres quentes
Eles são muito fáceis de serem descobertos e compõem grande parte dos exoplanetas conhecidos. Ao analisar os processos que ocorrem nesses planetas, os cientistas encontraram matérias muito exóticas em sua composição, tais como nuvens de chumbo e de vidro que são compostas por metais e rochas vaporizadas, enquanto sua atmosfera possui chuvas de rubi e safira.
Planetólogos encontraram mais um exoplaneta quente. O KELT-9b, um dos mais luminosos e quentes exoplanetas, foi descoberto, assim como muitos outros, graças às variações de luzes causadas por um planeta no momento em que ele passa em transita diante da sua estrela hospedeira, com o auxílio do telescópio KELT-Norte, do Observatório Winer, no estado norte-americano do Arizona.
This newly discovered Jupiter-like world is so incredibly hot that it’s being vaporized by its own star! Details: https://t.co/BQHFwPzaew pic.twitter.com/jkNx2aNHvn
— NASA (@NASA) 5 de junho de 2017
O Sol mais quente
Esse planeta está localizado extremamente perto da sua estrela. Um ano no exoplaneta longínquo equivale a um dia e meio terrestre. Sendo assim, dá para imaginar as temperaturas infernais que reinam em sua atmosfera.
Em particular, seu lado "solar" alcança os 4.326 graus Celsius, sendo, assim, muito mais quente do que a maioria das estrelas. Em relação ao Sol, o exoplaneta é mais frio em 926 graus Celsius.
Com os atuais níveis de radiação ultravioleta, o planeta poderia morrer nos próximos 200 milhões de anos, quando a estrela consumirá todo o hidrogênio contido e iniciará um processo de envelhecimento e morte, que triplicará seu tamanho. Se ainda restar algo do planeta, é possível que seja engolido, causando uma grande explosão de luz, explica o estudo.