O e-mail, publicado na segunda-feira (5), é de agosto de 2014 e destinado a John Podesta, que era conselheiro do presidente Barack Obama. A mensagem se tratava do combate ao grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia) e dos conflitos militares na Síria e no Iraque. As informações, mencionadas no e-mail, eram baseadas em fontes como "Inteligência do Ocidental, inteligência dos EUA e fontes da região".
"Precisamos usar nossas capacidades diplomáticas e as de inteligência mais tradicionais para exercer pressão sobre os governos do Qatar e Arábia saudita, que prestam apoio financeiro e logístico clandestino ao Daesh e a outros grupos sunitas radicais na região", diz o e-mail.
Na segunda-feira do dia 5 de junho, Bahrein, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, declararam ruptura de relações diplomáticas com Qatar, acusando Doha de desestabilizar a situação no Oriente Médio e apoiar organizações terroristas, incluindo o grupo terrorista Irmandade muçulmana (proibido na Rússia). Mais tarde, as autoridades do Iêmen, Líbia e Maldivas também se ajuntaram ao corte das relações diplomáticas com o Qatar.
O Ministério das Relações Exteriores qatariano, por sua vez, repudiou todas as acusações contra Doha sobre ela interferir nos assuntos internos de outros países e sentiu pena quanto à decisão dos países do Golfo Pérsico de romper relações diplomáticas com Qatar.