Empresas parceiras da prefeitura paulistana – algumas com ligação com o LIDE, grupo empresarial fundado e dirigido pelas empresas de Doria – teriam doado medicamentos com a validade próxima do fim. Se fossem adquiridos, custariam cerca de R$ 35 milhões ao governo municipal, segundo a CBN.
Apesar de Doria afirmar que as doações acontecem “sem custos”, as empresas doadoras dos remédios receberam quase R$ 66 milhões em isenção de ICMS, e ainda se livraram dos custos envolvidos com o descarte dos produtos próximos do vencimento – os quais agora se acumulam nos postos de saúde da cidade.
Medicamentos vencidos já não possuem a garantia de eficácia dos laboratórios e, em alguns casos, podem representar riscos à saúde.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a maioria dos remédios descartados não é distribuída pela rede pública, mas sim entregue para a população em Unidade de Saúde Básica (UBSs). Embora o edital de doação não faça a exigência, a pasta diz que o prazo de validade dos medicamentos doados deve ser superior a seis meses.