Todos os planetas têm as seguintes caraterísticas em comum: são pequenos, estão localizados "na zona de vida", ou seja, onde pode haver água em estado líquido, e giram ao redor de anãs vermelhas. O último ponto é ao mesmo tempo vantagem e desvantagem, pois as anãs vermelhas vivem muito, o que dá tempo para criação de vida, mas algumas delas são caraterizadas pela instabilidade através de muitas explosões.
O cientista Scott Fleming do Instituto do Telescópio Espacial de Baltimore (EUA) e seus colegas decidiram verificar com que frequência ocorrem explosões na superfície das anãs vermelhas através da análise de dados coletados pelo telescópio ultravioleta GALEX durante sua estadia na órbita entre 2003 e 2012.
Diferentemente da Terra, que não pode ser afetada por tais explosões, os planetas nas órbitas perto do sistema estrelar TRAPPIST-1 e LHS-1140 sofrem grande ameaça, pois estão localizados muito perto das anãs. Até mesmo as explosões pequenas podem vir a destruir a camada de ozônio e atmosfera, penetrando na superfície dos planetas e, consequentemente, diminuindo drasticamente a possibilidade de surgimento de vida, explicam os cientistas.
A resposta final para esta pergunta, como sublinham os especialistas, pode ser recebida já em breve, em 2018, quando será lançado à órbita o telescópio espacial James Webb, capaz de receber fotos destes planeta e estudar a composição da atmosfera dos mesmo. Estes dados ajudarão a perceber se os planetas perto do TRAPPIST-1 e LHS-1140 são mesmo sem vida.