Ao invés da capacidade “limitada” que constava anteriormente na avaliação do Pentágono, agora os militares norte-americanos avaliam que o país possui “capacidade demonstrada de defender os EUA de um pequeno número de ameaças de mísseis de alcance intermediário ou intercontinentais, com simples contramedidas”.
A alteração na avaliação interna dos EUA vem alguns dias após o primeiro teste feito pelo país com um míssil de defesa, capaz de interceptar um ataque. O teste foi feito no último dia 30 de abril, em uma região sobre o Oceano Pacífico.
Enquanto o míssil de defesa norte-americano foi disparado da Base da Força Aérea de Vandenberg, no estado norte-americano da Califórnia, um míssil foi lançado da base Ronald Reagan, nas Ilhas Marshall. A simulação foi considerada um sucesso pelo Pentágono.
“A intercepção de um alvo complexo e representativo como a ameaça de um míssil intercontinental é uma realização incrível… Um marco crítico para este programa”, informou em comunicado o vice-almirante Jim Syring, diretor da Agência de Defesa de Mísseis.
A Coreia do Norte já realizou pelo menos nove testes balísticos com mísseis apenas neste ano. O armamento lançado por Pyongyang foi avaliado por especialistas como mísseis de alcance intermediário – um dos mísseis teria inclusive um motor semelhante ao usado por uma arma soviética.
O regime de Kim Jong-un menosprezou o teste dos EUA, mantendo o discurso de que poderia atacar os EUA com sucesso “a qualquer momento”. O Pentágono já reforçou que existe a preocupação com o avanço norte-coreano, mas especialistas creem que o país asiático não terá a tecnologia para lançar um míssil intercontinental até pelo menos 2020.