“O Daesh, apesar da pressão militar contínua, ainda resiste, particularmente em Mossul e Raqqa", disse o secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman.
“Ao mesmo tempo, o Daesh reorganizou sua estrutura militar, dando mais poder aos comandantes locais e está mais focado do que nunca em permitir e inspirar ataques fora das zonas de conflito”, complementou.
Feltman mencionou ainda os recentes ataques na Alemanha, Bélgica, França, Grã-Bretanha, Rússia, Suécia e Turquia e pediu o aumento dos esforços internos entre os entes europeus, associado à colaboração com outras nações – particularmente o G5 do Saara, formado por Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritania e Níger.
O Daesh diminuiu o número de mensagens nas redes sociais nos últimos 16 meses, mas “a ameaça persiste e apoiadores fora da Síria e do Iraque coletam e redistribuem essa propaganda”, disse o secretário da ONU.
As fontes de receita do grupo terrorista seguem as mesmas: venda de petróleo, extorsão, sequestros, tráfico de antiguidades, e exploração de mineração nos territórios que controlam.
“Novamente, no terrorismo não há lugar para desunião. Portanto, não podemos imaginar que o conselho [de Segurança da ONU] não apoie o nosso esboço”, concluiu Feltman.