Opinião: ações da coalizão podem provocar crise na Síria

© AFP 2023 / HAIDAR MOHAMMED ALIUm soldado iraquiano, do grupo aliado da coalizão ocidental, durante um combate com as forças do Estado Islâmico
Um soldado iraquiano, do grupo aliado da coalizão ocidental, durante um combate com as forças do Estado Islâmico - Sputnik Brasil
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O estado-maior dos aliados da Síria já ameaçou os EUA com um ataque de resposta. O especialista militar Andrei Golovatyuk disse, no ar do serviço russo da Rádio Sputnik, que a coalizão internacional, com suas ações, pode provocar apenas a sabotagem dos acordos para a regulação da crise síria.

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O estado-maior operacional dos aliados da Síria, que inclui as forças do Hezbollah do Líbano e do Irã, declarou sua prontidão para atacar as posições dos militares americanos se for necessário.

No dia 6 de junho, a coalizão internacional dirigida pelos EUA atacou as tropas governamentais sírias em At Tanf, no sul do país, dois militares morreram. Washington explicou a sua ação por as tropas e equipamento militar "ameaçarem a coalizão e as forças dos parceiros".

"O sangue dos filhos sírios, do exército árabe da Síria e dos aliados dele não tem pouco valor, e existe a possibilidade de atacarmos as posições deles [EUA] na Síria e em redor, tendo em conta a existência de lança-mísseis e outo equipamento militar", informa o comunicado dos aliados da Síria.

O estado-maior chamou as ações da coalizão de "agressão cobarde" e de prova da "hipocrisia dos EUA na luta com o terrorismo".

A ausência de ações militares foi explicada pelos aliados de Damasco com seu "autodomínio", mas eles sublinharam que vão atuar se os EUA atravessarem as "linhas vermelhas".

O membro do presídio da organização Oficiais da Rússia (Ofitseri Rossii em russo), coronel aposentado Andrei Golovatyuk, destacou no ar do serviço russo da Rádio Sputnik que a situação pode provocar a sabotagem dos acordos alcançados para a regulação da crise síria.

"Será uma guerra da grande escala, e todos os acordos que foram alcançados antes, incluindo em Astana, podem ser destruídos. Este novelo será impossível de desembrulhar. Por isso, só a paciência e autodomínio, como foi dito pelo estado-maior dos aliados da Síria de forma absolutamente correta, pode proteger de uma grande crise", informou o especialista.

De acordo com a opinião dele, os membros da coalizão chefiada pelos EUA estão planejando uma provocação.

"Eles não entendem a mentalidade e as relações que existem no Oriente Médio. O Afeganistão não lhes ensinou nada, o Iraque não lhes ensinou nada. Eles pensam que têm razão em qualquer lugar, semeando a "democracia". Mas eles têm medo que quando o exército sírio comece a vencer, as forças que eles apoiam vão virar as armas contra a coalizão, contra os americanos. Nesse momento, os EUA perderão o controle da região e da situação em geral", destacou o especialista militar.

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