No dia 6 de junho, a coalizão internacional dirigida pelos EUA atacou as tropas governamentais sírias em At Tanf, no sul do país, dois militares morreram. Washington explicou a sua ação por as tropas e equipamento militar "ameaçarem a coalizão e as forças dos parceiros".
"O sangue dos filhos sírios, do exército árabe da Síria e dos aliados dele não tem pouco valor, e existe a possibilidade de atacarmos as posições deles [EUA] na Síria e em redor, tendo em conta a existência de lança-mísseis e outo equipamento militar", informa o comunicado dos aliados da Síria.
O estado-maior chamou as ações da coalizão de "agressão cobarde" e de prova da "hipocrisia dos EUA na luta com o terrorismo".
A ausência de ações militares foi explicada pelos aliados de Damasco com seu "autodomínio", mas eles sublinharam que vão atuar se os EUA atravessarem as "linhas vermelhas".
O membro do presídio da organização Oficiais da Rússia (Ofitseri Rossii em russo), coronel aposentado Andrei Golovatyuk, destacou no ar do serviço russo da Rádio Sputnik que a situação pode provocar a sabotagem dos acordos alcançados para a regulação da crise síria.
"Será uma guerra da grande escala, e todos os acordos que foram alcançados antes, incluindo em Astana, podem ser destruídos. Este novelo será impossível de desembrulhar. Por isso, só a paciência e autodomínio, como foi dito pelo estado-maior dos aliados da Síria de forma absolutamente correta, pode proteger de uma grande crise", informou o especialista.
De acordo com a opinião dele, os membros da coalizão chefiada pelos EUA estão planejando uma provocação.
"Eles não entendem a mentalidade e as relações que existem no Oriente Médio. O Afeganistão não lhes ensinou nada, o Iraque não lhes ensinou nada. Eles pensam que têm razão em qualquer lugar, semeando a "democracia". Mas eles têm medo que quando o exército sírio comece a vencer, as forças que eles apoiam vão virar as armas contra a coalizão, contra os americanos. Nesse momento, os EUA perderão o controle da região e da situação em geral", destacou o especialista militar.