A iniciativa surgiu na sequência dos obstáculos que ao longo dos anos têm bloqueado o caminho da adesão macedônia à OTAN, ou seja, as exigências gregas em relação ao nome. O problema é que uma das províncias da Grécia tem exatamente essa denominação, o que tem gerado uma indignação contínua por parte de Atenas.
Zaev, por sua vez, acordou em mudar o nome do país pela respetiva causa, porém, ele indicou que esta seria uma mudança temporária. Em uma entrevista à Sputnik Sérvia, o cientista político Milenko Nedelkovski destacou, entretanto, que não há nada de novo na ideia de Zaev.
De acordo com Nedelkovski, há problemas muito mais globais por trás desta situação e na verdade a questão do nome não é assim tão importante. "Um problema muito mais sério é que isto, a meu ver, é apenas o primeiro passo no processo de cedências dos interesses nacionais macedônios", afirmou.
"Depois, já estaremos fazendo concessões à Albânia, à Bulgária, a mais alguém, e o país poderá se modificar completamente em apenas alguns anos", resumiu.
O especialista russo Aleksandr Safonov, por seu torno, opina que com esta declaração Zaev demonstrou sua disponibilidade para sacrificar algo, que tinha tido uma importância vital para os antigos governos, com o fim de entrar na Aliança o mais rápido possível.
"A oposição atual [sérvia], obviamente, usa estas palavras de Zaev para acusar o governo de conduzir uma política antinacional e estar disposto a fazer quaisquer concessões em assuntos importantes para o país […] Contudo, acho eu, a Macedônia tem problemas muito mais sérios do que a disputa sobre o nome", resumiu.