De acordo com a PF, Macri usava uma identidade falsa venezuelana e se apresentava como Angelo Di Giacomo.
A PF prendeu, o cidadão italiano Vicenzo Macri no Aeroporto de Guarulhos SP. Considerado foragido pela @INTERPOL_HQ. https://t.co/OCljRt8NNA pic.twitter.com/PPCWwQnPT4
— Polícia Federal (@policiafederal) 9 de junho de 2017
Na Itália, Macri é processado por envolvimento com o tráfico de drogas. Ele é membro da organização mafiosa Ndrangheta, que opera em Siderno, região da Calabria, na Itália. A organização é também ligada à outra importante família mafiosa, a dos Commisso.
O italiano detido em São Paulo é filho do chefe da família Macri, Antonio Macri, conhecido como o “Boss (chefe) dos dois mundos”.
De acordo com a PF, Macri “tinha a função de resolver assuntos internos da organização mafiosa, reunindo e transmitindo informações importantes e vitais no eixo Siderno Marina – Gioiosa Jonica – Canadá – Holanda”.
“Entre 2004 e 2015, participou de uma organização criminal de nível transnacional destinada à importação e ao tráfico de substâncias entorpecentes, como cocaína e haxixe, oriundas do Marrocos, países Baixos e República Dominicana, transportadas em contêineres e enviadas por meio de navios para a Itália”, completou a PF, em nota.
De acordo com reportagem de 2016 da Agência Reuters, Vincenzo Macri já cumpriu uma pena de 13 anos de prisão nos Estados Unidos, justamente por seu envolvimento com o narcotráfico. Fora da cadeia, uma outra função do italiano seria cobrar dívidas não pagas aos mafiosos.
Macri seguirá preso no Brasil até a sua possível extradição para a Itália.