Além disso, os advogados de Temer informaram que o presidente não irá responder às 82 perguntas encaminhadas pela Polícia Federal (PF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizadas pelo relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin.
“Desde já, e antecipando alguma das razões que trazem dificuldade para o Sr. Presidente da República responder às perguntas da autoridade policial, deve ser salientado, como se fez acima, que diversos questionamentos dizem respeito a fatos estranhos às funções presidenciais; outros referem-se a períodos não cobertos pelo seu mandado; alguns ao relacionamento entre terceiras pessoas. Note-se, que muitos deles partem da premissa do cometimento induvidoso de delitos e não objetivam perquirir a verdade, mas sim revelar meras circunstâncias de crimes que já estariam provados”, escreveu o advogado Antônio Mariz, em um dos 48 pontos do despacho enviado ao STF.
Defesa de Temer diz que presidente ñ responderá perguntas e diz que PF parte do princípio de que crime foi cometido: pic.twitter.com/NJqWFvHaEK
— JOTA (@JotaInfo) 9 de junho de 2017
“Culto Ministro, todas as considerações acima possuem o condão de mostrar as razões que levaram o Sr. Presidente a não responder ao questionário feito. Sem embargo do sentimento de injustiça e do sofrimento pessoal e de seus familiares, permanece pronto a atender quaisquer demandas de Vossa Excelência e do Excelso Supremo Tribunal Federal, tendo e passando a certeza de que dará continuidade à obra a qual se propôs: Contribuir eficazmente para a construção da Nação dos nossos sonhos”, continuou o advogado.
Nem o STF ou a PGR se pronunciaram até o momento sobre a decisão de Temer em descumprir a ordem judicial.