'Propaganda russa' está destruindo o exército dos EUA, segundo revista norte-americana

© AP Photo / Mindaugas Kulbis Soldados dos EUA participam das manobras Iron Wolf 2016, Lituânia
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A revista norte-americana Politico publicou um arquivo, no qual denunciou a ameaça da "propaganda russa" às forças armadas dos EUA.

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A publicação considerou como suspeita a posição "pró-russa" de diversos sites americanos para os veteranos, que desconfiam da mídia tradicional. Esses sites, de forma periódica, publicam, por exemplo, artigos de fontes russas, tais como a revista do Instituto de Estudos Orientais da Academia da Ciência da Rússia, ou então artigos russos sobre a situação na Ucrânia ou na Síria.

Além disso, segundo Politico, os "agentes russos" no Facebook conseguem obter informações de soldados americanos, se escondendo por trás de aparência de mulheres atraentes. Ao fazer amizade com os militares nas redes sociais, esses supostos agentes passam "divulgar propaganda", que acabará aparecendo no feed de notícias das "vítimas".

A revista classificou com uma notícia "propagandista" e "não verificada" a morte do tenente Aleksandr Prokhorenko na Síria em 2016, que solicitou um ataque aéreo nas coordenadas em que se encontrava, após ter sido cercado por militantes terroristas em Palmira. Militares norte-americanos demonstraram admiração com o oficial russo e classificaram a sua morte de heroica, disse à Politico a veterana Serena Moring. Ela afirmou ter ficado "preocupada" com o fato dos militares que ela conhecia terem se transformado em "fãs do Putin".

O ex-comandante da OTAN na Europa, general Philio Breedlove, declarou à publicação que esse tipo de simpatia para com a Rússia é resultado de uma "campanha planejada por Kremlin".

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Politico afirma que o Pentágono está "claramente preocupado". No entanto, a própria organização não comentou as acusações contra Moscou e somente declarou estar buscando aumentar o conhecimento dos funcionários sobre as novas ameaças no ciberespaço.

De todo modo, a publicação conclui que a "campanha de Kremlin" pode acabar tendo reflexos negativos nas capacidades dos militares americanos de "enfrentar uma futura agressão russa".

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